Beijo-te no poema,
onde as palavras perfumam
as carícias,
onde posso ser espuma ou
brisa,
ou espanto ,
ou medo ,
e porque sei que estás aí
para abraçar a minha alma
inquieta.
Beijo-te no poema e na
carne,
na candura das palavras,
e na pele em brasa,
na loucura dos afectos
e na quietude da tarde.
Beijo-te no poema e nos
sentidos,
porque no beijo te
encontro
todo entrega,
todo ternura
todo em mim
e no beijo te soletro
a ti,
parte de mim
embrulhado em letras.
©Graça Costa
Willem Haenraets
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