terça-feira, 12 de abril de 2016

NA NOITE


Tomei a noite nas mãos
e fiz dela a cama fresca
para a nossa pele em chamas.

Desespero de alma
em busca do brilho no olhar
que nasce das entranhas do ser
até se tornar fome por saciar.

Tomei a noite nas mãos
e deixei-me navegar
no teu corpo feito mar,
no teu mel a transbordar.

Do olhar , fiz o poema
e do poema, magia.

Magia de noites eternas
em que te saboreio e devoro,
em que me perco e encontro
no desvario dos sentidos.

Mágica a explosão dos corpos
que iluminam o amanhecer
e as palavras que nascem
do sussurrar do prazer.


©Graça Costa


                                                                    Loui Jover

Sem comentários:

Enviar um comentário