quarta-feira, 15 de julho de 2015

SE


Se a chuva te lamber o rosto,
despe-te de tudo o que é dor,
das angustias,
dos temores,
dos sonhos adiados,
da fúria
e do desencanto.

Despe tudo…
e no esplendor da nudez,
deixa que as gotas te cubram o corpo
como pérolas de orvalho
e dá-as a beber,
qual elixir de esperança
ou extase de paixão, 
num amanhã
ainda por inventar.


©Graça Costa


Sem comentários:

Enviar um comentário