segunda-feira, 20 de julho de 2015

E DE REPENTE...

E de repente,
um golpe de sol inundou-lhe o peito
e um suave torpor
afagou-lhe os sentidos.

De onde veio?
Porque veio acordar-lhe a solidão?

Não quis saber...
Saboreou o momento
com a indulgência da infância
e a mestria dos amantes sem tempo,
degustando cada toque,
cada aroma,
cada gemido.

E de repente,
um golpe de sol inundou-lhe o peito
beijando-lhe o corpo nu como se não houvesse amanhã.

Deixou-o embalar-lhe o sono
que lhe dançava no olhar
e juntos partiram,
em busca daquele sonho
totalmente por inventar.

©Graça Costa




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