domingo, 22 de fevereiro de 2015

A FÉNIX


Trazia no olhar o lamento das aves prevendo tormenta
e nas mãos fechadas
a esperança do ultimo raio de sol caindo sobre o mar.

Queria soltar o grito mas emudecia
deixando que ternura guardada no peito
fizesse cama no silêncio da voz.

Trazia quimeras entrançadas nos cabelos
enfeitadas de malmequeres e violetas.

Nos lábios, papoilas silvestres salpicadas de orvalho
como se tivesse sido beijada pelo amanhecer.

Olhá-la , só por si era um poema,
sinfonia, sonata, paixão.

Trazia no olhar o lamento das aves
e no corpo a magia de uma fénix
querendo voar.


©Graça Costa


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