quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

O BEIJO


No dedilhar do piano
imaginei o beijo,
doce,
carnudo,
sumarento como amora madura
degustada à beira do mar.

Fechei os olhos
e no embalo das notas
o beijo ganhou forma,
límpida e cristalina como gota de orvalho
no despontar do amanhecer.

Com o beijo nasceu o sorriso,
e com o sorriso o abraço
e com o abraço o enlaço.

Sereno e algo travesso estampou-se no rosto
percorrendo o corpo,
com a inocência
de uma primeira vez.

© Graça Costa






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