quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

NA MINHA PELE

Ontem vesti-me de noite para me esconder da escuridão.
Hoje, apenas de pele para me perder na tua mão.

Quando a alvorada romper a noite
e a pele continuar pele,
que a tua mão será para ela cama
ternura,
afectos em chama.

Fica...
Embala-me o sono
toca-me o rosto em tom de abandono
mas fica...

Fica...
porque a pele chama
e o corpo reclama,
a tua pele
perdida na minha pele.

©Graça Costa


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