Sinto na pele a fome do
teu abraço;
o calor das palavras
ditas entre o beijo e o outro beijo,
entre o sussurro e o grito,
entre o olhar e o sorriso
entre a entrega e a
solidão.
Fome também das palavras...
das ditas e das por
dizer;
das sentidas e das
gritadas
das largadas ao vento e
das presas nos raios de sol,
das gemidas e das
inventadas,
pérolas displicentes,
esperando o momento.
Gosto desta fome e
alimento-a de mais fome,
pois é da dor que nasce o
poema,
e do poema nasce a paixão
com que pinto os dias que passo sem ti.
Pincel ou grafite,
aguarela ou esquisso,
pouco importa.
A fome tem muitas
cores...
©
Graça Costa
Sarah Elizabeth Lakey
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