quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

CONTINUAR

Aquela fusão de céu e mar
trazia-lhe uma espécie de paz,
qual mantilha de felpo
macia,
aromática,
pontilhada de maresia e caramelo.
Naquela paisagem sem fim
passeavam pedaços de si.
Primeiros passos,
primeiros risos,
sons,
cheiros,
matizes de outros verões,
outras vidas.
outras canções.
Havia naquele lugar um quê de verdade,
um quê de ternura,
um quê de emoção
que lhe humedecia o olhar e lhe aquecia o coração.
Naquela paleta de tons de azul
descansava sempre que se sentia só.
Por isso voltava,
repetidamente voltava,
e naquela fusão de céu e mar
bebia, de um trago
a coragem para continuar.
©Graça Costa


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