Pairava no ar um quê de mistério
e o horizonte trazia nos dedos
promessas de ternura,
em gomos de
romã
e ramos de violetas.
e ramos de violetas.
Havia no ar
uma serenidade etérea,
como se aquele dia trouxesse no rosto,
magia de sonhos roubados.
como se aquele dia trouxesse no rosto,
magia de sonhos roubados.
Os olhos
abriram-se de espanto
pela profusão de aromas e sons que vinham de longe,
mas que pareciam sair de dentro de si.
pela profusão de aromas e sons que vinham de longe,
mas que pareciam sair de dentro de si.
Depressa
percebeu que o seu tempo
e o seu corpo se haviam fundido naquele dia,
em que a primavera nascia
calma e serena por entre a maresia.
e o seu corpo se haviam fundido naquele dia,
em que a primavera nascia
calma e serena por entre a maresia.
Fechou os
olhos e sorriu
ao
sentir o raio de sol que lhe inundava o rosto.
Mordeu os lábios com sabor de romã,
vestiu-se de violetas
e esperou.
Distintamente ouviu o silêncio dos teus passos.
Vinhas a caminho,
para reinventar o sonho roubado,
e ela esperou
e sorriu
para o horizonte da esperança
que ao longe nascia.
que ao longe nascia.
©Graça Costa
imagem : Lykke Steenbach Josephsen
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