quinta-feira, 6 de abril de 2017

MEDO

Sinto a correr-me nas veias
o grito do silencio
sufocado nas entranhas da terra.

Pó diamante
Carícia,
loucura
Vento,
Canção.

a beleza do grito do silêncio que calo
causa-me estranheza,
quase dor ,
comoção.

Com ela espalho magia,
poema, melancolia,
em fim de tarde marcado
pela fome do amor que promete.

Em noites de aurora boreal.
sinto correr-me nas veias,
o grito do silêncio
que pressinto nos teus olhos
e tenho medo.

Medo que eles quebrem.
Que soltem as amarras que te prendem a mim
e eu fique só
nesta luta com o vento que galga no horizonte.

Medo que fiquem apenas as memórias…
do grito do silêncio,
do pó,
das carícias,
da fome,
da magia.

Memórias…
partículas de sonho,
vividas sem ti.

Renego este medo.
Não quero ...


©Graça Costa
imagem da web


Sem comentários:

Enviar um comentário