quarta-feira, 11 de março de 2015

NA PENUMBRA

Na penumbra, apenas os contornos de ti
e o respirar lento e compassado de um sono
profundo como o mar
leve como brisa de verão.

A teu lado aquela a quem roubaram o sono
e que no torpor do cansaço
te bebe  a calma com um sorriso.
Contemplo-te na penumbra
e no teu rosto vejo paz.

No vai e vem do teu peito,
Vejo o colo para o meu embalo
onírico, terno, pueril.

Percorro-te com o olhar. 
O sorriso denuncia-te o prazer.

Despertas…
Como pétalas de estio rumo ao amanhecer
cobres-me o corpo com beijos
e, de repente a noite,
simplesmente deixou de existir.

© Graça Costa




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