sexta-feira, 9 de outubro de 2015

AQUELE FIM DE TARDE

Havia algo particularmente vibrante naquele fim de tarde.
Embrenhado no silêncio rolava,
sereno mas firme
ganhando coragem para se soltar .

Não sei se era grito ou lamento
amor, paixão ou morte.

Parecia um gemido perdido em busca de colo
um quê de prazer e dor,
com uma pitada de amor secreto querendo crescer.

Parecia poesia em forma de luz,
melodia,
encanto,
fantasia.

Eu sorri…
tu sorriste…
pois ambos sentimos,
que no por de sol que morria,
algo grandioso nascia.

Havia algo particularmente vibrante naquele fim de tarde.
Ninguém o sentiu,
apenas nós…


©Graça Costa

                                                               Rodolfo Ledel 

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