terça-feira, 13 de outubro de 2015

NO SILÊNCIO DA TARDE

Silenciosamente,
o meu corpo abriu-se para te deixar entrar,

Com a delicadeza de brisa outonal
percorres-me os seios como alamedas floridas,
bebes o aroma fresco e viçoso
que se solta dos cabelos
e inebriado de espanto
mergulhas no tapete denso e quente
deste corpo que te acolhe.

Milagre,
magia,
loucura,
mistério,
desejo em lume brando
cozinhado em surdina
na curva do fim da tarde.

Descansa amor...
que o dia é longo
e temos tanto para nos dar.

©Graça Costa

                                                                  Danny O'Connor

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