quinta-feira, 28 de maio de 2015

PELE


Pele…
Nada como o toque aveludado da pele,
a forma como se arrepia ante a caricia,
como responde ao beijo lento e rastejante,
à língua quente e húmida,
ao gemido ,
ao arfar do desejo incandescente,
à súplica do olhar.

Pele…
Tela de paixões inquietas,
magia serena em noites calmas
ou feiticeira  dos dias que nascem sem porquê.

Pele, poema
Pele, canção
Pele, sinfonia de Outono em pleno verão.

Pele em espera.
Pele em escuta.
Pele sedenta da água das tuas mãos.

Pequena gota de orvalho...
alimento da flor da madrugada.


©Graça Costa


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