segunda-feira, 20 de abril de 2015

TOMEI A NOITE NAS MÃOS

Tomei a noite nas mãos
e fiz dela cama
da nossa pele em chamas.

Desespero de alma
em busca do brilho no olhar
que nasce das entranhas do Ser
até se tornar fome por saciar
ou fonte de água fresca
para a tua boca.

Tomai a noite nas mãos
e deixei-me navegar no teu corpo feito mar,
no teu mel a transbordar.

Do olhar fiz o poema
e do poema a magia das noites eternas
em que da fusão dos corpos
explode a luz das manhãs
em horizontes distantes.

©Graça Costa

                                                                     Jessica Durrant 

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