sexta-feira, 17 de abril de 2015

NA TUA AUSÊNCIA

Perdi-me na tua ausência 
e nela teci labirintos de dor,
malhas de tristeza,
ilusões de ternura quase esquecidas.

Perdi-me na tua ausência
e nela construí telas de alabastro carmim,
como feridas abertas
em peito nu.

Perdi-me na tua ausência 
e nela vagueio
como naufrago em ilha virgem.

Na tua ausência
torno-me poema,
lamento,
canção,
estrada sem rumo,
fúria,
grito,
convulsão.

Perdi-me na tua ausência
e colei-a na pele 
como tatuagem.

Com ela vivo,
por ela respiro,
a ela me dou...
e sorrio...
porque sei,
que andas por perto.

©Graça Costa


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