terça-feira, 10 de novembro de 2015

QUANDO

Esperando por ti, ali fiquei
bebendo a sombra da tarde
que serenamente me trazia ecos de noites sem sono,
em que corpos e almas fluem sem rede
até ao êxtase dos sentidos.

Esperando por ti
o tempo deixou de ser tempo,
apenas espera,
tormento,
memória,
lamento.

Ali fiquei
oferendo-me à sombra da tarde,
ao calor doce e sereno do seu abraço,
na certeza de que a noite embala a dor.

E quando, finalmente
o teu corpo se colar ao meu
no silêncio ritmado pelo bater do coração,
a magia vai acontecer...
pelas nossas mãos.

©Graça Costa


                                                                     agnes-cecile




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