sexta-feira, 7 de outubro de 2016

A CHEGADA

Gravei na noite
o teu corpo em chamas.

Nele mergulhei
como em terra molhada
adocicada pelos beijos que não dei.

Guardei-os na pele e o olhar
como diamantes
e vesti-me de madrugada
para te enternecer.

Sussurrei  o teu nome,
letra a letra
macio como algodão doce
delicado como cetim no meu corpo nu.

Senti-te chegar com o dia que amanhecia.
Trazias no olhar o desejo da espera
e nas mãos as carícias guardadas pela saudade.

Chegaste cheio de ti,
e tão carente de mim
que o dia entardeceu
apenas
para os deixar amar.


©Graça Costa
imagem de web


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