segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

VOU

Com a poeira da espera
enfrentei o corpo nu transcendente de afectos.

Que amante é esta
que o amante espera em súplica,
quase prece.

Que viver é este
prenhe de desejo,
alma na voz
e pele em chamas.

Aguardo,
com o corpo raiado de estrelas em dor
e o olhar crivado de esperança
pelo entardecer que me mereça.

No fio da noite
a brisa impele-me o voo.

Não sei se fique se ouse.
Lá longe sinto o ritmo compassado de ti,
que num sussurro hipnótico me chama.

Tremo na antecipação de te ter,
e de sorriso em riste,
vou ...

©Graça Costa










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