quinta-feira, 5 de outubro de 2017

ALMA

Tem dias em que pergunto às estrelas
qual a cor da Alma,
qual a sua textura,
o cheiro,
o semblante,
o matiz ?
Imagino-a conforme o sabor dos dias.
Leve ou sombria,
doce ou matizada pelas especiarias do tempo.
No espelho do fim da tarde
contemplo o seu voar,
sinto-a a amarar no peito.
Limpo-a das amarguras e dores,
cubro-a com os cristais estrelados da noite,
embalo-a com carinho de mãe
e com pinceladas fortes, mas serenas,
estendo-lhe o sono
como presente de paz.
©Graça Costa


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