domingo, 16 de setembro de 2018

OLHOU-O

Olhou-o,
e sentiu a aura cálida do amor a inundar-lhe o corpo, como se estivesse a tocar-lhe a pele pela primeira vez.

Terna a lembrança daquilo que foi,
sereno o desejo daquilo que ainda podia ser.

Olhou-o,
e a pele falou,
como se pintada pelos dedos da paixão,
sibilando aromas de terra e mar
e os segredos partilhados na fusão dos corpos ao amanhecer.

Olhou-o,
e agradeceu ao acaso do destino
aquele segundo de eternidade
em que o coração se inquietou
perante a imensidão do amor que nascia.

© Graça Costa
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