Não quero ser deusa, nem fada,
prodígio ou coisa inventada.
Vê-me apenas como sou,
a mulher que te ama para além do amor,
aquela que te vigia o sono
e te acompanha o sentir,
aquela com quem partilhas os sonhos
e te alivia as dores das noites insones.
Não me mistifiques amor.
Vive-me como a mulher que sou
de carne e osso,
defeitos e virtudes,
mas vive-me
com a intensidade dolorosa
da incerteza do amanhã.
Faz do meu corpo
a tua terra por lavrar
e morre dentro de mim
no anoitecer
que amanhece
ou no amanhecer que anoitece.
Não me mistifiques...
ama-me,
apenas.
. © Graça Costa
Surajit Chatterjee; Charcoal 2012 Drawing "Love"
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