Sinto a correr-me nas veias
o grito do silencio
sufocado nas entranhas da terra.
Pó diamante
Carícia,
loucura
Vento,
Canção,
a beleza do grito do silêncio que calo
causa-me estranheza,
quase dor ,
comoção.
Com ela espalho magia,
poema, melancolia,
em fim de tarde marcado
pela fome do amor que
promete.
Em noites de aurora boreal.
sinto correr-me nas veias
o grito do silêncio
que pressinto nos teus olhos
e tenho medo.
Medo que eles quebrem,
que soltem as amarras que te prendem a mim
e eu fique só
nesta luta com o vento que galga no horizonte.
Medo que fiquem apenas as memórias…
do grito do silêncio,
do pó,
das carícias,
da fome,
da magia.
Memórias…
partículas de sonho,
vividas sem ti.
©Graça Costa
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