Quando no teu corpo me dissolvo
descubro sabores
inesperados.
Menta, canela
Pimenta, chocolate,
Hortenses, rosas carmim.
Neles viajo
vagabunda errante
imersa no êxtase hipnótico que a tua pele me estende.
Não sei se fuja
ou ouse desafiar os
limites desse corpo que conheço
e desconheço,
que me chama e me recusa,
que me engole e me degusta
como fruta fresca em manhã de primavera.
Quando no teu corpo me dissolvo
o medo consome-me o ser.
Tornarei a ser eu ?
Ou para sempre seremos tu e eu?
Fusão de mar e lua
no anoitecer que inventamos
em cada dia que morre no horizonte.
©Graça Costa
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