O sonho que só de ser sonhado já era vida.
Aquele que me envolvia nos dias frios de inverno
e me saciava a sede no verão.
Quem me roubou o sonho que sonhei,
delicado como teia de aranha coberta de orvalho,
sonhado nas noites em que acordada te contemplava o dormir ?
Quem me roubou a melodia de embalo,
aquela, cujo primeiro compasso
era viagem, magia, sorriso, rendição?
Quem me roubou o sorriso,
o brilho do olhar,
quando humedecia os lábios
num prenuncio de beijo,
que só de sonhado já era fusão de pele ?
Não sei quem foi o ladrão furtivo…
mas sei que foi em vão.
Agarro nestas mãos, no tempo e no querer
e o sonho sonhado, em vão roubado,
vai renascer com o esplendor
de um fim de tarde à
beira mar.
©Graça Costa
Sem comentários:
Enviar um comentário