Naqueles olhos de avelã aveludada
havia sonhos de luz
como rio batido por raio de sol em fim de tarde.
Naqueles olhos havia o brilho cristalino dos corais,
a densidade de um bolo de erva doce,
a ternura de um abraço,
a doçura de um enlaço
e a força de uma montanha rasgando o horizonte.
Naqueles olhos viajei sem destino,
eremita,
vagabunda,
alma exposta ao desafio.
Naqueles olhos me perdi,
me levantei,
caí
e neles encontrei o caminho
que me levou até ti.
©Graça Costa
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