domingo, 8 de fevereiro de 2015

AMANHÃ



No amanhã que começa a nascer
quero que saibas que a alfazema do jardim
vibra de aromas e tons de maresia,

que a lua sorri aos amantes sem tecto
e lhes estende os braços dando-lhes uma cama de afectos,

que os olhos brilham
ansiosos pelos sonhos ainda por sonhar
e que a vida rola
como carrossel de risos e lamentos
abraços e tormentos,
tecendo a rede
dos dias calmos
e dos dias das tormentas.

Quando o amanhã surgir no horizonte
talvez esteja nos braços do sono
ou dentro de um sonho com cheiro de alfazema
e tons de jasmim.

Se assim for, estarei sorrindo
porque os braços da lua entenderam-se para mim
e tu andas por perto.


©Graça Costa




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