O vento trouxe-me uma melodia de pranto
um medo inquieto de acordar e não te ter.
O vento trouxe-me saudades por inventar,
o desejo de que nunca venham a ser fado
e se desfaçam no caminho da brisa .
O vento, por vezes, tem sarcásticos humores
e brinca com a alma da gente,
fazendo da dor,
jogo de um xadrez
pintado a pincel
pelas lágrimas do coração.
O vento trouxe-me uma melodia de pranto
mas eu recusei-me a entoá-la e refugiei-me no luar.
Fingi ser poeta e escrevi outra,
doce como amanhecer açucarado
pelo embalo sereno do teu respirar no meu ombro.
Finalmente…dormi!
©Graça Costa
Sem comentários:
Enviar um comentário