quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

PERFUME DE POESIA


Encontrei um perfume de poesia no teu olhar.

Sem saber como defini-lo
estendi-lhe o sorriso e bebi-o,
lentamente,
em silêncio,
como se de um ritual sagrado se tratasse.

Saboreei cada trago
com a dolência da paixão imprevista.
Deixei-me levar pelo arrepio da eternidade do momento.

Encontrei um perfume de poesia no teu olhar.

Vieste sem aviso
com a força de uma maré viva
e eu recebi-te com a ternura de uma onda a beijar a areia.

Sem saber como te responder,
vesti-me de lua
coloquei nos cabelos pétalas de orvalho
e dei-me ao teu olhar em oferenda.

Depois anoiteceu…
e a noite é cúmplice de amantes inquietos.


©Graça Costa





Sem comentários:

Enviar um comentário