como maré viva varrendo a costa.
Na voz trazias o lamento de vidas sem alma
e a esperança de sonhos suaves,
como abraços enrolados em algodão doce.
O Norte trouxe-te até mim.
Acolhi-te com a dúvida o amor sem aviso
e com a ternura serena de quem não tem nada a perder.
Quando nos vimos,
a pele respirou afectos esquecidos
e o olhar brilhou
como raio de sol rompendo a madrugada.
Depois do olhar,
veio o abraço.
Depois do abraço,
o toque da pele
num beijo magoado pela espera.
O Amor cresceu em silêncio
e o tempo parou
naquela primavera inquieta
em que tudo começou para nós.
©Graça
Costa
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