Nos dias em que acordo água
o rio que corre no leito da minha voz,
cai no meu peito em jeito de desmaio
e não é mais que um gemido,
implorando pelas tuas mãos
tremulas e frias de solidão.
Nos dias em que acordo fogo,
a chama que me invade os sentidos
reclama os dedos da paixão,
a loucura da eternidade nos teus braços,
sem principio nem fim
apenas momento.
Nos dias em acordo névoa, fico perdida sem saber como
aconteceu.
Magia de te tocar sem ser vista,
roubando carinhos
depositando-te beijos lentos,
baixinho como lamentos.
Nesses dias, olho-me no espelho e sou feliz
porque mesmo na penumbra da tarde
ainda que névoa,
o teu corpo reconhece-me
a magia acontece
e saciamos a fome
ao ritmo do anoitecer que amanhece.
©Graça Costa
Stas Sugint
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