Doem-me as palavras como feridas abertas.
Gritam.
Gemem.
Sussurram.
Reclamam.
Queimam-me o peito e afogam-me o olhar.
Sinto a alma jorrando lava,
escorrendo lenta e penosamente pelo mesmo peito,
onde momentos antes os teus lábios descansavam
e o teu corpo se derretia no meu.
Doem-me as palavras como feridas abertas.
Por isso as partilho
na voragem dos dias inquietos
e na esperança que alguém as faça suas.
Olha…
Vê como os olhos soletram a dor do sentir.
Vê como te chamam,
a ti,
balsâmico amante
de corpos e letras.
Vem,
lambe-me as feridas
para que as palavras renasçam
entre as flores e o arvoredo da paixão.
©Graça Costa
Virginie Bocaert
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