domingo, 5 de julho de 2015

CORPO EM ESPERA

Surgiu-me da penumbra uma sensação de luz,
um calor terno e manso
de  lábios lambendo-me o rosto.

Iluminou-se-me  a alma
e um sorriso insinuou-se-me no olhar.

Depois foram os dedos.

Como brisa de verão,
ainda com aroma a fim de primavera,
viraram carícia nua,
repleta de magia e de promessas.

Um silêncio mágico invadiu a manhã.

O meu corpo virou pauta de musica inacabada
pintado pela paleta da aurora.

Corpo expectante,
luminoso,
ardente
deitado na penumbra do dia que amanhecia,
sedento dos teus dedos,
sedento de ti...


© Graça Costa


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