com as ondas beijando a areia
e bebendo-me docemente
as lágrimas de pranto que do peito caiam.
No fundo do olhar
morava o labirinto das memórias
e os sonhos por viver.
Nele rodopiava,
uma estranha mescla de aromas,
sentimentos,
amores,
cansaços e canções.
Não sei se vivia ou se sonhava.
Não sei se sentia ou se chamava
o pranto que me engolia o rosto
e o mar levava
mas deixava cravado no peito,
como tatuagem,
a saudade dos dias eternos
à tanto guardados.
Não quero este cansaço
das viagens por cumprir.
Dêem-me a paz de um rio
para parar de fugir.
©Graça
Costa
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