quarta-feira, 16 de setembro de 2015

OXALÁ

Existe no silêncio
um luar de nuvens mansas,
uma alma secreta de murmúrios
vestida uma doçura tamanha,
que só de o prever já me embalo
no seu sentir.

Só quem conversa com o silêncio
tem alma para sentir o poema,
que antes de o ser já dança na retina,
já penetra a pele com a intensidade de um beijo
e desperta a fome do amor vivido em firmamentos distantes.

Oxalá a noite me doure os sentidos,
me crave na pele a vontade de me dar
e que o canto da minha voz,
não seja voz,
mas pele…
sedenta de outra pele.


©Graça Costa




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