Cai a noite e tudo se transforma.
A guerreira vira pássaro,
flor,
princesa, ou arlequim,
misto de flor e de seda,
azul, prateada, carmim.
Bendigo a cumplicidade da noite que tudo permite.
Sonho,
fantasia, dança,
brisa, sal, maresia, festim.
Do descanso da guerreira
agora lua, feiticeira, amante,
emerge a magia da palavra dita apenas com o olhar;
o convite da chama que arde sem se ver.
E o imprevisto acontece,
como acontece o Amor em dias incertos.
Doce a noite em que me deito
com o cansaço na pele e a ternura na voz.
Efémera noite, eu sei…
mas tão cheia de sonhos por cumprir.
A ela me entrego
com a nudez mais terna
e faço do seu abraço ,
uma homenagem ao dia que promete.
©Graça Costa
Zhaoming Wu
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