Um sorriso trespassou-lhe o rosto
ao sentir o sol acariciar-lhe o corpo como mãos de amante
experiente.
Lenta e dengosamente espreguiçou-se,
rolou sobre si mesma e deixou-se flutuar.
Adormeceu com a sua imagem na retina,
o toque da pele na sua pele,
a magia da fusão dos corpos ao luar.
Adormeceu levando no sono e no sonho
o sorriso com que brindara o sol que lhe banhara o rosto.
De repente deixou de saber
se era sonho ou vida.
Sabia apenas que sentia
e se sentia, tinha que ser verdade.
Enroscou-se naquele corpo,
e deixou a magia acontecer.
©Graça Costa
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