quinta-feira, 10 de setembro de 2015

O DESPERTAR DA NOITE

Na penumbra, apenas os contornos de ti
e o respirar lento e compassado de um sono,
profundo como o mar,
leve como brisa de verão.

A teu lado aquela a quem roubaram o sono
e que no torpor do cansaço
te bebe  a calma com um sorriso.

Contemplo-te na penumbra
e no teu rosto vejo paz.

No vai e vem do teu peito,
vejo o colo para o meu embalo
onírico,
terno,
pueril,
meu.

Percorro-te com o olhar,
e o sorriso denuncia –te o prazer.

Despertas…
Como pétalas de estio rumo ao amanhecer
cobres-me o corpo com beijos
e, de repente...
a noite deixou de existir.


©Graça Costa 

                                                                     Christophe Hohler


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