Na penumbra, apenas os contornos de ti
e o respirar lento e compassado de um sono,
profundo como o mar,
leve como brisa de verão.
A teu lado aquela a quem roubaram o sono
e que no torpor do cansaço
te bebe a calma com
um sorriso.
Contemplo-te na penumbra
e no teu rosto vejo paz.
No vai e vem do teu peito,
vejo o colo para o meu embalo
onírico,
terno,
pueril,
meu.
Percorro-te com o olhar,
e o sorriso denuncia
–te o prazer.
Despertas…
Como pétalas de estio rumo ao amanhecer
cobres-me o corpo com beijos
e, de repente...
a noite deixou de
existir.
©Graça Costa
Christophe Hohler
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