bailando na envolvente métrica de afectos,
ora abruptos
ora serenos,
ora cantantes
ora dolentes.
Cansaço desta vida de maré mansa.
Reclamo o turbilhão da aurora,
o excesso dos sentidos,
o sabor dos beijos adiados,
o suor almiscarado dos corpos partilhados.
Reclamo-te na vereda dos sonhos,
na construção dos dias
e na desconstrução das noites.
Reclamo-te a ti, tinta na minha pele feita tela,
deleite do olhar,
alimento dos sentidos,
fome em contra-mão
esperando a noite que começa.
©Graça Costa
loui jover
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