domingo, 19 de abril de 2015

NA MINHA PELE

Bebe-me o néctar da vida
e perde-te na minha pele.

Que o desejo seja chão
e a paixão o enredo
de uma peça em dois actos
de começos e recomeços.

Perde-te dentro de mim
para que eu sinta que sou o teu lar,
ou a tinta 
com que pintas no meu corpo
 as palavras do poema por inventar.

Que ele nasça
em forma de dança lenta 
de corpos, dedos, gemidos
e olhares perdidos na escuridão.

Que venha com  maré dos sentidos
e se torne sonho,
prenúncio de abandono
da minha 
na tua pele.


©Graça Costa



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