segunda-feira, 6 de abril de 2015

AQUELE DIA

Um sorriso iluminou-lhe o rosto
ao sentir o sol acariciar-lhe o corpo,
como mãos de amante experiente.

Lenta e dengosamente espreguiçou-se,
rolou sobre si mesma e deixou-se ir.

Adormeceu com aquela imagem na retina:
o sabor do beijo,
o toque da pele na sua pele,
a magia da fusão dos corpos ao luar.

Adormeceu levando no sono e no sonho
o sorriso com que brindara o sol que lhe banhara o rosto.

De repente deixou de saber
se era sonho,
delírio ou vida.

Sabia apenas que sentia
e se sentia tinha que ser verdade.

Enroscou-se naquele corpo feito mar só para a receber
e deixou -se levar pela maré dos sentidos,
até ao amanhecer ...

© Graça Costa

                                                                 By David Agenjo 






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