Filha da terra
me entrego ao rio de energia que banha o sentir
e me enche o corpo de luz,
fome de partilha,
cor e aroma de paixão.
Pobre de quem vive sem viver.
Pobre de quem ama sem sofrer.
Pobre de quem ouve sem escutar.
Filha da terra me entrego
à vida.
Barro a ser moldado pelo sentir,
pelas tuas mãos
feitas extensão de mim.
Filha do Universo sou.
Partícula de amor suspenso,
difuso,
cristalino,
elemento dos elementos
com que a vida se constrói.
De amor me visto.
Nua me entrego.
Toma-me... e torna-me tua,
até à eternidade do amanhã por inventar.
©Graça Costa
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