Anda.
Vamos inventar um caminho novo,
desenhado a pastel ou aguarela
melodia ou primavera,
doce e mágico como beijos roubados,
nas colinas do sonhos e da imaginação.
Anda.
Dá-me a tua mão.
Deixa-me guiar-te neste mundo inventado
em que o corpo ganha voz
e a voz ganha corpo e luz,
magia e sedução.
No teu olhar sinto a urgência das marés,
o marulhar dos afectos,
a fome por saciar.
Nas palavras por dizer,
pressinto trilogias escritas em noites frias de inverno
ao som do crepitar das chamas,
ou ao som do vento ou de um bolero.
Pressinto a madrugada,
e assim fico …quieta e nua,
presa no limbo de poemas sussurrados ao ouvido do amanhecer.
©Graça Costa
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