Parecia um espectro caminhando na orla da praia
e era tal a leveza dos passos que mal marcavam a areia.
No corpo, a túnica molhada colada no corpo franzino
os cabelos de mar,
o olhar de tormenta,
e o sorriso de ninfa,
sereia ou apenas de Mulher.
Não sei quem esperava
mas sei que ficava,
e dançava, rodava
ao timbre ritmado das ondas que me morriam nos pés.
Parecia um espectro,
um ser quase etéreo,
hipnótico de tão belo
naquele horizonte de mar.
Ali pairou,
rodopiou,
dançou,
até que cansada, parou
e na orla da praia se sentou.
Fitou o ultimo raio de sol que adormecia,
rodou sobre si mesma,
enroscou-se na maré
e como num passe de magia
desapareceu no mar.
No seu lugar ficou uma pérola,
marcando o lugar.
©Graça Costa
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