Rasguei
o peito na espera
da noite
estrelada em que virias.
Vesti-me
de festa,
com fios
de ausência
e plena
de nudez soltei os cabelos à brisa
que te
traria para mim.
A brisa
veio,
carregada
de silêncio e presságios febris,
ao mesmo
tempo que a noite caia
pintando
o céu de tonalidades vermelho sangue,
medos e
sussurros magoados.
Queria
sorrir, mas o sorriso morria-me na garganta.
Só os
olhos falavam e diziam tudo o que eu não queira ouvir.
Fechei-os
em prece
e do
fundo do ser lancei um grito surdo nas profundezas da noite:
Vem
amor,
Vamos
escrever um daqueles diálogos tão nossos,
em que a
magia dos corpos se torna melodia
sinfonia
canção
e a
noite enlouquece só por nos ver passar.
Esperei…
mas só
eu sei se vieste.
© Graça Costa
imagem da web
Sem comentários:
Enviar um comentário