Façam silêncio...
Vejam o poema que nasce
naquela boca carnuda
como morango silvestre em pasto verde.
naquela boca carnuda
como morango silvestre em pasto verde.
Vejam a forma como se move,
como insinua o beijo sem o dar,
como inflige dor sem lhe tocar,
como aguça a fome sem falar.
como insinua o beijo sem o dar,
como inflige dor sem lhe tocar,
como aguça a fome sem falar.
Vejam como as palavras são excessivas.
Olhemos uma gota de suor
descendo pelo peito após o amor,
a morrer subtilmente no umbigo
e deixemos a alma consumir-se de afectos
sem palavras,
que não são precisas.
descendo pelo peito após o amor,
a morrer subtilmente no umbigo
e deixemos a alma consumir-se de afectos
sem palavras,
que não são precisas.
Façam silêncio,
que a obra nasce sem ser pedida
e as palavras
são a mescla das cores,
dos silêncios,
dos afectos
e da paixão
com que pintamos as telas da vida.
que a obra nasce sem ser pedida
e as palavras
são a mescla das cores,
dos silêncios,
dos afectos
e da paixão
com que pintamos as telas da vida.
©Graça Costa
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