Tem dias em que bordo as palavras
com aromas distantes, texturas, sensações.
Nesses dias, entrego-me de peito aberto
à vertigem do sentir
e deixo a alma e a pele mergulhar nesse porvir.
Doce, a ambivalência,
deste querer e não querer
deste amar até perder,
deste ter, sem te ver.
Nestes dias ,
fico quieta e nua nas asas da imaginação
entre o teu sentir
e o meu querer,
entre a paixão aflita,
o amor ardente,
entre a alma ferida e o coração dormente.
Depois,
morro dentro de ti
e aqui fico ,
bebendo a magia terna
de anoitecer
docemente,
no teu abraço.
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