O amanhecer trouxe-lhe à retina, memórias dos tempos em que o tempo não tinha tempo e a vida era vivida ao segundo, com a intensidade de um nunca mais.
Sentiu saudades desse tempo, em que tecia o tempo com mãos de amante e olhos de artista;
em que no silêncio da noite compunha a quatro mãos sinfonias com os tons quentes e suaves de outonos dourados e o sono era embalado pelas carícias que só o amor cúmplice reconhece.
Nesse amanhecer, enquanto o sol rasgava a aurora, sentiu o aroma familiar do amor recente e ficou um pouco mais, saboreando o alimento dos sentidos e a magia do dia que nascia.
Beijinho da Graça
©Graça Costa
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