segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

AMANHÃ


No amanhã que começa a nascer,
quero que saibas que a alfazema do jardim
vibra de aromas e tons de maresia.

Que a lua sorri aos amantes sem tecto
e lhes estende os braços dando-lhes uma cama de afectos,
que os olhos brilham,
ansiosos pelos sonhos ainda por sonhar,
e que a vida rola
como carrossel de risos e lamentos
abraços e tormentos,
tecendo a rede
dos dias calmos
ou de dias de tormentas.

Quando o amanhã surgir no horizonte
talvez esteja nos braços do sono
ou dentro de um sonho com cheiro de alfazema
e tons de jasmim.

Se assim for, estarei sorrindo
porque os braços da lua entenderam-se para mim.
©Graça Costa



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